sábado, 1 de dezembro de 2012

Cenas cotidianas

Na movimentada avenida: um ônibus, uma bicicleta, uma história interrompida. Carros de bombeiros, tráfego interditado, a vida se esvaindo. De um lado, a bicicleta retorcida como se fosse de borracha, o sapato, - um só-, o boné e a mochila cor de musgo desbotado. Do outro, no asfalto frio das seis da manhã, o corpo de um homem estendido. Imóvel. Sobre ele, bombeiros. Fazem o possível para salvá-lo. Inútil. A morte já o tem nos braços. No sentido oposto da avenida: carros, caminhões, motos, buzinas ao longe. Todos seguem devagar. Olham o cenário por alguns segundos e seguem seus caminhos. A linha que separa vida e morte é mesmo muito tênue. Basta uma fração de segundos. E, fim?





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Anseios

Coisas da vida,  coisas do coração... Pior ainda se for sobre paixão: onde houver expectativa, haverá decepção. @liemversos