quinta-feira, 4 de março de 2010

Adeus, adeus

Sinto que chegou a hora.
Devo partir.
Se ficar tenho plena certeza
De que não serei feliz,
Como antes pensava que seria.
Se ficar estarei condenando-me
A um viver sem esperança,
Um viver de ilusão.
Não me conhecia. 

Agora eu sei.
Pensava ser alguém
Que hoje vejo claramente
Está muito distante
Do que realmente sou.

Sempre deixei que a vida me levasse,
para onde quisesse, sem reclamar.
Sem contestar,
Sem fazer perguntas.

Simplesmente a seguia.
Mas, de repente sinto
Que posso ser dona de minhas vontades.
Dona do meu caminho.

O tempo passa veloz
E quando nos damos conta,
Já não somos mais as crianças de outrora.
Aquelas que traziam nos olhos,

Todo um universo de sentidos.
 
Passou.

Passou a inocência,
A puerilidade,
O frescor, 


Passou o tempo.
Resta-me seguir.
Desta vez com destino certo.
Não posso levar ninguém.
Esta viagem é minha.
É para dentro
E não para fora.
É um mergulho interior.

É uma busca.

Sei que antes de partir
Devo abandonar metade de mim.
A metade que me arrasta,
Que me entristece,
Que me enlouquece.

Somente assim
Seguirei tranquila,
Com a certeza
De que me encontrarei.

Adeus.

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Anseios

Coisas da vida,  coisas do coração... Pior ainda se for sobre paixão: onde houver expectativa, haverá decepção. @liemversos