sábado, 13 de setembro de 2014

Tudo haverá de passar

A dor haverá de passar.
Sim, mas quando?
Pergunto-me.
É tão forte, tão intensa, tão cortante.
Ok, sei, ela haverá de passar.
Só precisa de tempo.
Há um tempo para tudo.
Sim, o tempo.
Só ele pode aplacá-la.
Não posso fugir.
Pelo contrário, tenho que encará-la.
Devo suportá-la.
O pior é ter que sorrir
Sem deixar essa dor refletir em meus olhos.
Impossível.
Ela transborda, derrama.
Mas é minha dor, pelo menos hoje.
Não posso arrancá-la do peito.
Não posso contê-la.
Não posso impedi-la de sangrar.
Amanhã talvez ela já não seja a mesma,
Já não tenha a mesma intensidade.
Eu também não serei o mesmo quando o sol surgir outra vez.
Isso é o que me conforta.
Talvez amanhã essa dor seja apenas uma cicatriz,
Uma lembrança distante de algo que, "ontem", dilacerou meu coração.
Mas hoje, não.
Hoje ela queima, arde, sangra
Tudo ao mesmo tempo.
Hoje ela é dor, simplesmente.
A minha dor.
Só hoje.

4 comentários:

  1. Isso mesmo, Gugu. E não é privilégio de ninguém. Vem e passa e volta de novo. bjs

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  2. O tempo é o remédio de tudo,
    E ao mesmo tempo,
    É irremediável.

    Abraços,
    Fabiano Favretto

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  3. E tudo vira poesia, não é Fabiano?
    Bjs,

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Anseios

Coisas da vida,  coisas do coração... Pior ainda se for sobre paixão: onde houver expectativa, haverá decepção. @liemversos