Mario apaixona-se por Beatrice, mas é muito tímido. Para tentar conquistá-la, pede a Neruda que o ensine a fazer poesia. Descobre que não é nada fácil. Não consegue escrever um poema sequer. No entanto, consegue o amor de sua musa, recitando para ela uma poesia de Neruda. Em determinado momento, o poeta lhe fala que nos textos poéticos são utilizadas as metáforas. Mario fica confuso, nunca tinha ouvido aquela palavra, portanto, não sabia o que ela significava.
Sentados frente à praia, Neruda recita para Mario uma poesia. De forma figurativa fala sobre o mar. Utiliza o ritmo das palavras: intensidade, sonoridade. Dá voz ao mar. Ao questionar o que o amigo pensa sobre suas palavras, descobre que o fez sentir-se estranho. Mario descreve a sensação. Diz que, ao som da poesia, sente-se como se fosse um barco em movimento. Assim, o poeta explica ao amigo que a descrição do que sentiu é uma metáfora.
Com o fim do exílio, Neruda volta ao seu país. Mário fica extremamente triste, pois a presença do poeta na ilha deu outro sentido à sua vida. Ele desenvolveu o senso crítico sobre política e questões sociais.
O carteiro casa-se com Beatrice, que engravida. Um dia, Ruppolo decide fazer uma surpresa para o amigo distante. Com um rádio transmissor, ele capta o som do mar, das montanhas, do coração do filho, ainda na barriga da mãe, e das estrelas. O carteiro, que não conseguira escrever uma palavra poética, nesse momento, cria a mais bela e única poesia de sua vida e entende isso.
"O Carteiro e o Poeta" é uma Obra-prima repleta de significados que mostra a transformação e enriquecimento interior de Mario por meio da poesia. Uma película absolutamente bela e apaixonante.